Uma nova medicação acaba de ser incluída pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que estabelece quais tratamentos devem ter cobertura obrigatória pelos planos de saúde.
Trata-se do Mesilato de Lenvantinibe, um inibidor de múltiplos receptores de tirosina quinase. O medicamento é indicado para casos de câncer de tireóide metastático que não obtiveram sucesso no tratamento com a radioterapia com iodo. A droga havia sido sido aprovada pela ANVISA em agosto de 2016 para carcinomas diferenciados de tireoide.
A ANS destacou que o rol “representa uma conquista para os beneficiários e para a sustentabilidade do setor, já que as tecnologias passam por processo que inclui a ampla participação social e criteriosa análise técnica”. A cobertura será obrigatória a partir do dia 3 de julho.
Câncer de Tireoide
O câncer de tireoide é a neoplasia endócrina mais comum. Com maior prevalência em mulheres, a doença pode se desenvolver a partir das células foliculares ou parafoliculares da tireoide.
Geralmente, apresenta-se como um nódulo indolor no pescoço, que pode evoluir. Embora a maioria dos cânceres de tireoide seja de crescimento lento e tenha bom prognóstico, alguns casos podem ser mais agressivos.
Habitualmente, o tratamento envolve a cirurgia com retirada total ou parcial da glândula, terapia com iodo radioativo e terapia hormonal com suplementação da levotiroxina; a conduta depende do tipo e estágio do câncer. O tratamento sistêmico com sorafenibe ou lenvatinibe é reservado para casos mais graves, com doença metastática refratária à terapia com iodo radioativo.
Por: Saulo Emmanuel Sandes, médico endocrinologista (CRM SE 4400).
Aracaju, Sergipe.
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